Aproximar games ao contexto de sala de aula é uma prática cada vez mais comum. A partir do uso dos games na educação além do conteúdo, trabalhamos o aluno enquanto um ser integral. Não se pode mais pensar no aluno em partes ou pedaços. Dessa forma, os agentes de socialização (família, amigos, relacionamentos), as experiências de vida e as perspectivas influenciam diretamente a forma e o desejo do aprender, envolvendo assim a cognição situada, o novo letramento, o conexionismo, tendo a semiótica transversal a tudo isso.

 Ao abordar o assunto, James Paul Gee relaciona o uso de game a uma escola mais atraente. Diversas pesquisas mostram que o jovem, principalmente nos últimos anos do ensino fundamental e do ensino médio não enxergam os conteúdos aprendidos relevantes para a vida. Este fato é diferente na educação infantil e em alguns anos do ensino fundamental, onde de fato existe a integração da semiótica, com as experiências e com as relações sociais, culturais e mentais. O que é aprendido no começo da vida escolar é base, normalmente levada pela vida toda. Dessa maneira é impossível não vincular a ludicidade com gamificação. Até então o lúdico foi trabalhar com o prático, com o fazer, com a realidade, com o brincar de ser, hoje o lúdico pode ser também aprender com games.

Jane Mc Gonigal, mostra uma realidade difícil de admitir para o professor. Muitas vezes os games fazem com que as pessoas aprendam e reflitam mais do que uma sala de aula tradicional. A complexidade (Morin) de resolver e pensar sobre problemas sociais, ambientais, políticos, econômicos... é oferecida na maioria dos jogos. Produtividade para o jogador se torna prazerosa e desafiadora. Afinal, em qualquer idade os desafios se tornam motivadores de muitas ações.

Se conseguirmos enquanto professores vincular nossas práticas ao prazer de aprender do aluno de fato formaremos grande profissionais e cidadãos. Dentre tantas virtudes desenvolvidas pelos jogos, destaco: jogar e vencer no vídeo game x o viver e ganhar na vida real; confiança; esforço; otimismo; cooperação.